quarta-feira, 7 de junho de 2017

Minas Canicas

O conceito não é novo e não é meu. Apesar disso, é um conceito com o qual concordo inteiramente e que retrata a civilização de um povo e a sua cultura.
Toda a gente sabe que as cidades não foram construídas para a bicharada. Quando um qualquer animal selvagem resolve "invadir" o espaço que o homem lhe roubou é considerado um intruso, como se o bicho soubesse distinguir territórios amigáveis de territórios não amigáveis.
Posto isto, suponho que "animalada" de estimação, embora mais adaptada do que os descritos atrás, também apresente algumas inaptidões à vida citadina, como se verificou há uns tempos quando uma menina foi violentamente atacada por um rottweiler num parque infantil.
Desta forma, os comuns mortais animais racionais têm duas opções: ou - como eu - optam por não ter animais de estimação porque não têm as condições necessárias para os ter ou, tendo-os, proporcionam-lhes as mínimas condições de digna sobrevivência, minimizando o seu impacto no meio envolvente. Tirá-los de casa diariamente é só uma dessas condições. Limpar o seu cocó quando saem de casa é outra. E não é só o cocó dos passeios porque muitos donos incentivam os bichos a aliviarem-se em jardins só para disfarçar... Disfarces que podem trazer alguns perigos às crianças, ávidas de brincadeiras nos poucos espaços verdes das cidades. 
Alguns donos de animais de estimação ainda não perceberam que os animais e os seus dejectos são propriedade dos seus donos, ou seja, deles mesmos. Enfatizo esta ideia, reforçando-a, porque há muita gente que faz de conta... Aliás, no nosso país, nos mais diversos assuntos, há muita gente que faz de conta.
Analisando os passeios das cidades, concluo que fico sem saber quem são os bichos?




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