sexta-feira, 26 de maio de 2017

Di-co-to-mi-as

"Esquecemo-nos, muitas vezes, que, atrás daquilo que vemos, está um homem ou uma mulher, tão fracassado como nós, em busca da perfeição.
O que é a perfeição?
É uma crueldade que Deus nos meteu na cabeça."

João Tordo, O deslumbre de Cecília Fluss

Esquecemo-nos que são os outros ou que somos nós os fracassados?
All In na segunda hipótese.

O amor é assim

Maria

Papá

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Ninguém é pobre senão de espírito

"Esta ideia de punição e de criação de um estereótipo do que é um bom pobre e um mau pobre é muito preocupante. (...) Eles (pobres) para receber o apoio em géneros têm de trabalhar, geralmente na própria associação. Não podem ter problemas com álcool, droga e prostituição. O pobre tem de mostrar que quer melhorar. Não pode frequentar cafés, nem receber apoio de outras instituições. "

João Teixeira, As classes populares, Prova Oral


A propósito da opinião transcrita em cima, tendo a concordar com a teoria, mas nunca com a prática.
A divisão entre pobres bons e maus está, na minha opinião, mal formulada. A verdadeira divisão deveria estar mais perto de "pobres de espírito" e "pobres de circunstância".
Os pobres de espírito são aquela classe social portuguesa que adoptou a pobreza como profissão. A pobreza material advém da pobreza de espírito. Vivem da mendicidade, de subsídios, de esmolas, de pequenos roubos que vão surgindo aqui e ali. São aqueles que corporizam a frase: feios, porcos e maus.
Os pobres de circunstância são muito diferentes. São pessoas que tiveram problemas na sua vida, fruto das mais variadas circunstâncias, que os levaram à pobreza mas que, ajudados, querem e podem sair dela. Muitas vezes, estas pessoas nem pedem ajuda porque têm vergonha: a chamada pobreza envergonhada. 
São dois grupos muito diferentes. Separar o trigo do joio nestes dois grupos não é nada fácil. Posto isto, como é normal em Portugal, por uns pagam todos e acho muito bem que as instituições fiscalizem os apoios e ponham as pessoas a colaborar/trabalhar para o bem comum. Era o que faltava serem gastos recursos, muitas vezes públicos, para manter vícios. Além disso, estes vícios têm repercussões nas prisões, nas polícias, nos hospitais, em muitos institutos e serviços públicos. 
É um lugar comum confundir-se pobreza com porcaria, com falta de estudos, com má educação. Pobreza não é nada disso. Pobreza é um estado transitório de uma pessoa que não teve sorte com o berço, com a vida, com ambos.
Toda e qualquer pessoa com trabalho, dedicação e resiliência, no nosso país, pode sair de uma situação dessas. São inúmeros os casos de pessoas que conseguiram vingar na vida. Só que dá trabalho,... muito trabalho. 
Assim, pobreza só de espírito!

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Não posso errar sempre!

O que escrevi (aqui) a 7 de Março está actual e correcto. Parabéns para mim próprio e, já agora, deixem a inveja de lado, gozem a vida e aproveitem a música.